quinta-feira, 9 de junho de 2011

Diário de Bordo 05 de junho 2011 - No topo da Cascata dos Namorados


Dia Mundial do Meio Ambiente, pleno domingão em Vila Bela, nenhuma atividade a vista, acordamos bem cedo, arrumamos nosso equipamento e junto com o Divino Vilas Boas, já recuperado vamos a sede do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, situada a cerca de 12 km de Vila Bela.


A sede do Parque é composta de algumas casinhas sem nenhuma arquitetura ambientalmente ou culturalmente relevante, localizam-se na área com maior uso público do Parque, a região da Cascata dos Namorados, da Cascatinha e do Poção onde muita gente de Vila Bela, de Pontes e Lacerda e outras cidades e assentamentos próximos vem tomar banho, fazer churrasco, pescar lambaris, ouvir som alto e descansar junto a natureza.


O volume de água do rio está baixo, mais que o normal para esta época do ano, mas seguimos em frente mesmo assim, subimos uma trilha utilizada por muitos como banheiro e enfrentamos uma subida super íngreme cortando as curvas de nível no meio da mata seca fechada, vamos em busca do topo da Cascata, local pouco visitado pela dificuldade de acesso e pela falta de atrativos, uma vez  que o Poção e a Cascata dos Namorados são lugares de grande beleza , fácil acesso e muito adequados ao uso público para lazer.


Percorremos os 1800 metros de trilha muito ruim até que o último e pior trecho nos leva ao leito rochoso do rio na parte alta da Cascata, o esforço é amplamente recompensado pela vista da área e pelos banhos nas pequenas piscinas naturais com água gelada e muito limpa.


Produzimos fotos bem no topo da Cascata e logo somos recepcionados por um grupo de Araras vermelhas que curiosas, vem conferir o movimento anormal na área.

Apesar do acesso difícil e da pouca visitação, observamos o topo da Cascata todo pichado com tinta azul e branca e algumas cordas amarradas no abismo, coisa de aventureiros irresponsáveis, não encontramos lixo nem sinais perturbadores da presença humana e resolvemos subir o rio para explorar a área.
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A subida se faz no próprio leito rochoso do rio que está com pouca água, as vezes nas grandes lajes de pedras, as vezes pulando e equilibrando-se sobre elas, encontramos duas cachoeirinhas deliciosas e mais acima a o acesso interrompido por uma árvore que caiu, ficamos por ali mesmo e constatamos que a qualidade ambiental e cênica da área ainda é muito boa, pelo menos está grata surpresa para comemorar o dia Mundial do Meio Ambiente.


Tomamos um lanche e um banho revigorante e iniciamos o retorno pela acidentada trilha, ao chegarmos próximos ao Poção, já escutamos o som alto dos carros e o cheiro de fumaça e carne assada, completamos a trilha e vamos embora logo, melhor não estragar a sensação boa que tivemos no alto da Cascata.


Texto e Fotos: Mario Friedlander

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