segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Projeto Paralelo 15 ganha exposição de fotos no VII Cuiabá Fashion

Dança do Chorado - Vila Bela/MT

O coordenador do Projeto Paralelo 15, o fotógrafo Mario Friedlander, foi convidado pela Sala da Mulher da Assembleia Legislativa (que organiza o evento), a montar uma exposição de fotos no VII Cuiabá Fashion retratando o tema do evento: os Afrodescendentes. Serão 12 painéis com fotos de Vila Bela.

Confirmado para 31 de agosto de 2011, o VII Cuiabá Fashion será realizado nas dependências do 44º Batalhão de Infantaria Motorizado em Cuiabá.

Fotos: Mario Friedlander

Matéria publicada no Diário de Cuiabá



Ruínas sobre as ruínas

Estrutura instalada em 2006 sobre restos de igreja do século XVIII para proteção começa a se deteriorar
 

JOANICE DE DEUS
Da Reportagem


MARIO FRIEDLANDER
Foto

Segunda feira, 15 de agosto de 2011
Edição nº 13086 14/08/2011 

 

A cobertura de proteção metálica das ruínas da Igreja Matriz de Vila Bela da Santíssima Trindade (550 quilômetros de Cuiabá, ao oeste) está se deteriorando. A Secretaria Municipal de Cultura diz que aguarda uma posição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que, por sua vez, informou que a administração municipal ficou de substituir telhas que voaram com um vendaval no início do ano.


 Telhas sobre proteção voaram com vendaval no início do ano;
município diz que aguarda Iphan

Porém, o secretário de Cultura, Francisco Robin Vieira, reconhece o problema e diz que ocorre desde 2008. “A Secretaria de Estado de Cultura foi lá (nas ruínas), trouxemos o Iphan, isso no ano passado, para mostrar ‘in loco’. Mas, é uma ou outra telha, não é o telhado completo”, disse. Datadas do século XVIII, as ruínas são o que restou da igreja construída pelas mãos de escravos a mando da Coroa Portuguesa, com alicerces de pedra canga trabalhada e paredes em adobe. Trata-se de um dos maiores patrimônios do Estado.

A proteção foi instalada em 2006 para evitar que as ruínas da Matriz não desapareçam, como aconteceu com as das outras igrejas. “As ruínas estavam desabando muito rapidamente e, com a construção parou de se degradar”, informou o superintendente regional do Iphan, Claudio Conte.

Conforme Conte, o telhado em material transparente é considerado provisório até que se ache uma solução mais adequada. Desde a sua instalação vem sendo discutida uma alternativa de proteção diferente. O chefe do Iphan garantiu que iria manter contato com a administração municipal da cidade e verificar a situação.

Por sua vez, Francisco Vieira disse que vem tentando manter contato com a empreiteira responsável pela instalação da cobertura, mas que não consegue. “A empresa foi contratada pelo Estado também para fazer a manutenção. Não conseguimos falar com o responsável”, informou. “Não conseguimos comprar o material porque é diferente e vem dos Estados Unidos”, acrescentou. Segundo ele, a empresa, cujo nome não foi informado, é de São Paulo, com sede em Cuiabá.

Vieira informou ainda que a prefeitura vem mantendo a limpeza do lugar e que aguarda a autorização do Iphan para iniciar o projeto de urbanização com a instalação de bancos, árvores e jardim ao redor da área onde estão as ruínas.

A cidade de Vila Bela, primeira capital da Capitania do Mato Grosso, foi construída sob planejamento de Dom Antonio Rolim de Moura. Na cidade, é possível conhecer, além das ruínas da velha Matriz, as ruas estreitas do século XVIII, e o antigo palácio onde residiam os capitães-generais que governavam a capitania. Entretanto, algumas das antigas edificações da época da fundação da cidade foram perdidas, pois as paredes foram erguidas em alvenaria feita com adobes e com massa de barro cru.



http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=397613

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ruína da Antiga Matriz de Mato Grosso em Vila Bela da Santíssima Trindade






Ruína da Antiga Matriz de Mato Grosso em Vila Bela da Santíssima Trindade com sua cobertura para proteção das paredes de adobe, apesar de recente a obra foi entregue inacabada a comunidade, não existe um plano de uso público, nem manutenção da cobertura, o resultado evidente é a proteção parcial da estrutura contra a chuva, mas não contra vandalismo nem visitação não monitorada, além disso, a cobertura funciona como uma estufa, causando um ressecamento dos adobes e da estrutura em geral e fornece abrigo para pombos e pardais, aves exóticas muito prejudiciais a saúde humana e a conservação dos monumentos históricos. As telhas plásticas, feitas na França inclusive com filtro UV estão se soltando com o vento e não são repostas, a pintura está desbotando e a falta de sinalização adequada, assim como a falta de uma trilha calçada, conduzindo o visitante e seu olhar, estão desvalorizando este patrimônio nacional.


A ruína e sua cobertura já em ruínas.
Texto e Fotos: Mario Friedlander