quarta-feira, 13 de abril de 2011

Diário de Bordo - 1º de abril de 2011

Saímos de Potosí em direção a Sucre, a capital Constituinte da Bolívia, a estrada de asfalto revela paisagens lindas e as vezes muito surpreendentes.
 

Quando atravessamos a ponte que marca a divisa entre Potosi e Sucre, na Comunidade Torre Mayu, vimos uma outra ponte suspensa paralela a que atravessávamos, mas de madeira e com grandes torres de alvenaria e pedras, uma em cada lado do rio. Percorremos uma estradinha apertada em cima da margem do rio e chegamos a ponte. Tudo parecia uma miragem ou uma fantasia, a grande ponte suspensa, novinha em folha, solta na paisagem levando para lugar algum, vimos a placa de inauguração e pelo que entendemos trata-se da restauração de uma ponte histórica que atualmente não tem uso algum, a obra em si é espetacular e lembra o cenário de um filme medieval.
 

 Puente Sucre

  Puente Sucre

  Puente Sucre

  Puente Sucre

  Puente Sucre

  Puente Sucre

 Puente Sucre

Após nos aventurarmos um pouco, subindo até as torres altas da ponte, continuamos a viagem e logo chegamos a bela cidade de Sucre, estávamos com pouco tempo e muita estrada pela frente, fizemos um esforço e ignoramos a interessante paisagem urbana, principalmente do centro histórico e as incríveis trilhas de dinossauros existentes numa mineradora bem ao lado de estrada. Cruzamos o mais rápido possível e continuamos a viagem numa estrada de concreto atravessando a região de Chuqui Chuqui, uma mistura de sertão nordestino com paredões da Chapada dos Guimarães, marcamos bem o ponto no gps para na próxima viagem ficarmos e explorarmos um pouco mais está paisagem extraordinária, mais uma de nossa extensa lista de lugares a visitar com tempo.
 


Logo a estrada de concreto chega ao fim e entramos numa estrada de terra em obras e muito ruim, nos detemos num grande desmoronamento até que as máquinas liberem a pista, passamos por uma ponte em construção e pela Vila de Mataral, vamos na estrada ruim e com paisagens incríveis até Aiquile, a capital do Charango e depois mais outra serra fantástica com uma perigosa estrada em construção, ao baixar a serra em Peña Colorada o visual fica cada vez mais impressionante e perigoso.








 Puente Arce, perto de Mataral

A noite chega e ainda percorremos 100 km em meio a uma estradinha em obras cercada de precipícios, paredões e cactos gigantes com até 12 metros de altura e a grossura de uma árvore grande.
 

 Cactos Carapari

 Cactos Carapari

Cactos Carapari

Chegamos em Saipina, uma pequena cidade que vive das plantações de cana-de-açúcar e resolvemos dormir por aqui mesmo pois a viagem estava cada vez mais perigosa e estávamos muito cansados, principalmente o Hélio que tinha a missão de guiar nesta estrada maluca.
 

 Silos de milho

Silos de milho

Assim terminamos nosso 36º dia de viagem pela Bolívia.

Texto e fotos: Mario Friedlander

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